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Jogando pela vida – Oscar D’Ambrosio


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O xadrez é um jogo fascinante. Além da questão intelectual propriamente dita, existe o aspecto psicológico, que é essencial para o sucesso no esporte. O filme “A chance de Fahim”, dirigido por Pierre-François Martin-Laval, parte da história real de um jovem enxadrista para mergulhar em questões que envolvem imigração e relacionamentos humanos.

O pai de Fahim foge do Bangladesh, por questões políticas, levando com ele para a França o filho, que já se destacava como jogador xadrez. Chegando em Paris, as dificuldades são inúmeras, passando pelo preconceito racial, pela diferença de idioma, de hábitos e de entendimento entre culturas distintas.

O que possibilita a integração de Fahim é a habilidade no xadrez. É assim que ele conhece um professor em um clube local, interpretado por Gérard Depardieu, e precisa se concentrar nos estudos das melhores jogadas dos mestres. Ao mesmo tempo, o pai desempregado pode ser deportado a qualquer momento, o que levaria o menino a morar em um abrigo para menores.

Um dos pontos altos do filme está justamente na maneira como Fahim precisa encontrar o equilíbrio mental para não levar as agruras de sua vida para o tabuleiro. Ele precisa aprender, por exemplo, que, no xadrez, para obter um campeonato pode ser mais importante assegurar um empate do que partir para o ataque e colocar as conquistas anteriores a perder.

Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coordena o projeto @arteemtempodecoronavirus e é responsável pelo site www.oscardambrosio.com.br

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